sábado, 14 de abril de 2012

É lugar comum dizer que a saúde é nosso bem mais importante, o mais imprescindível, e que sem ela, não temos como resolver ou viver com qualidade os demais aspectos de nossa vida. E é verdade. E infelizmente, só temos a exata noção desse valor quando não a temos, por um motivo ou outro, por um tempo curto, médio e o pior, longo. Operei pela quarta vez o joelho esquerdo, na última quarta-feira - ops, aí um trocadilho insosso.. ;o). A primeira vez foi em 2003, e por muito tempo, não tive mais problemas. Até, eu creio, ter me esquecido não apenas da minha idade, e das limitações naturais dela, mas também de ter buscado informação e acompanhamento técnico antes de querer virar maratonista de beira de praia, correndo em 2010 cerca de 6 km, na areia fofa, tres vezes por semana. Nessa época, comecei a sentir a panturrilha, e acreditando ser um problema muscular e da minha falta de forma, insisti muito antes de acabar parando e buscando auxílio médico. A ressonancia apontou problemas no ligamento cruzado anterior, o famoso LCA. A segunda operação, em março de 2011, resolveu também os problemas dos meniscos - retirando-os por completo, e houve uma tentativa de resolver o LCA através de um procedimento de vaporização, em que se busca retensioná-lo e com isso resolver o problema de sua falta de ação nessa articulação. Se não desse resultado, o que aconteceu, eu teria que reconstituir o ligamento. Em novembro de 2011 ausentei-me do trabalho para fazer essa cirurgia. Incrivelmente, por problemas diversos do plano de saúde e da clínica responsável pela cirurgia, só consegui operar no último dia de fevereiro. E finalmente, obtive depois disso o auxilio doença do INSS, restituindo-me menos de 20 % do meu salário mensal. Quarenta dias depois, na piscina da casa do meu amigo e vizinho Mauricio, nadava tentando o início de uma fisioterapia, momento em que devo ter viajado na maionese, e esquecendo-me que apesar de já andar sem muletas, ainda me recuperava da cirurgia, dei uma pernada mais forte, e o estalo e dor que senti me deram a imediata impressão de ter feito uma bela de uma merda.. ;o((((. A nova operação foi feita para religar a parte de baixo do ligamento, que havia soltado. E novamente, as muletas terão que me acompanhar por mais um mes, sem encostar o pé no chão. Ficar com um pé no alto novamente é tudo que eu não queria. O apoio da família tem sido muito bom e fundamental, mas até esse fica desgastado depois de tanto tempo de dependencia. Bom, o jeito é tocar a vida, encarando Transcol para cima e para baixo de muletas mesmo. E aguardar mais esses dias chatos, limitados e demorados, a espera não de um milagre, mas da natureza ajudar-me e fazer a parte dela, nesse velho, cansado, desgastado e limitado corpo de um "quase" velho.. ;o)))))