quinta-feira, 19 de junho de 2014

Confesso que xinguei

Eu confesso.
Xinguei.
E muito.
Xinguei o motorista imbecil e apressado,
a desrespeitar leis e me jogar de lado.
Xinguei a operadora de telefonia,
que não tem com um consumidor qualquer sintonia.
Xinguei o banco e sua fatura exorbitante,
tornando minha dívida maior a cada instante.
Xinguei o juiz da partida, caseiro, cego ou doido varrido,
apitando contra meu time preferido.
Xinguei meus irmãos e familiares,
nos inúmeros e pequenos conflitos, comuns aos que dividem lares.
Xinguei um ou muitos palavrões,
coisas que saem às vezes, orais escorregões.
Apesar de ser melhor, ser sempre educado,
faz também parte da emoção ser um pouco desbocado.
E muito mais ainda, quando o xingado,
É só mais um político apatetado,
Inútil, corrupto, tapado,
Egoísta, falso e mancomunado.
Não quero que "tome" naquele lugar.
Apenas que sumam : esse país é nosso lar.

Juan, em homenagem à "homenageada"